Olha, olha…
Quem se lembrou de mim…
O "Xico" - nome fictício.
Depois de tantos meses sem dizer rigorosamente nada lembrou-se e quando?!
No dia dos meus anos, na semana passada (Domingo passado), trocamos algumas sms’s e numa delas lá dava os parabéns…
Pusemos a conversa em dia, contei-lhe que andava na escola de condução e que ia começar a usar óculos…
_ E dizias tu que eu via demais…
_ Tu não gozes comigo…
_ Tu é que nunca fizeste caso ao que te dizia… eu bem te disse que vias mal, mas tu és tão teimosa.
_ Pois sou, pois sou…
_ Olha lá e não tens por aí nenhuma amiga a procura de novas amizades???
(Amizades?! Aiai menino "Xico" deves pensar que sou burra não?! Chama-lhe amizade chama…)
_ Não tenho falado muito com elas, mas que eu saiba acho que não andam à procura de nada…
_ Oh, então deixa lá. Vi-te no outro dia com o teu gajo… toda agarradinha e tal…
_ Hum… ai viste? Onde?
_ Na paragem em gaia claro, eu estava no autocarro e por acaso vi-te mas como não estavas a olhar não disse nada, estás feliz?!
_ Sim, muito!
E sim, estou feliz!
Muito feliz!!!
(depois tenho de vos contar o que aconteceu nesse dia, andei a adiar e depois dá nisto.)
Amigos de papel são como folhas deitadas ao lixo, aquelas folhas em que passamos um rabisco, não gostamos, amassamos essa mesma folha, enrugamo-la mais um pouco, amachucamos ora de um lado ora do outro até que a folha se transforma numa minúscula bola redonda feita de papel amassado em que a sua finalidade passa a ser o “tiro ao alvo”, onde o objectivo é acertar no cesto.
“_ Não vou fazer nada nos meus anos… a Fanny vai para fora e o João também… e as outras não me parece… por isso, uma vez que não tenho quem convidar, não há festa para ninguém”
“_ Olha aqui o mor… - disseste-me.
"_ Oh, mas tu não contas..."
"_ Ao menos vamos ao cinema não?!”
“_ Sim… talvez… hum… não sei”
“_ Mau… senão vimos mesmo cá para casa e faço-te “gelado” com sabor a MORANGO, tuti fruti… o que quiseres…”
Já agora…
…e morder os mamilos deixas? 
Perguntei-te se o problema de nenhuma das minhas amigas mostrar interesse em estar comigo (à excepção de uma), se seria meu, disseste-me que não que apenas tenho vindo a conhecer as pessoas erradas, mas então onde se encontram as certas?!
Das duas uma, ou sabem esconder-se muito bem, para ninguém as encontrar, ou então tornaram-se em algo difícil, praticamente impossível, talvez até..
...em vias de extinção!!
Como tu dizes, os verdadeiros amigos contam-se pelos dedos, talvez numa só mão e provavelmente ainda sobram alguns, pelo menos na minha mão sobram, uma vez que só conto dois, no máximo três e quando a esse terceiro, tenho cá as minhas duvidas…